Capítulo 35

Acordei com a luz suave atravessando a janela, mas nada em mim estava leve. Minha cabeça latejava, o estômago revirava e eu me sentia suja, confusa. Olhei para o lado. Playboy estava ali, deitado, com o braço jogado sobre o travesseiro, o maxilar travado até mesmo dormindo. Como se ainda estivesse puto.

Eu me levantei devagar, tentando não acordá-lo. Precisava de silêncio, de espaço. Fui até o banheiro, lavei o rosto, encarei o espelho. Quem era aquela mulher que me olhava de volta? Os olhos cansados, o pescoço marcado, a vergonha nítida no fundo da íris. Aquela noite no baile tinha saído do controle. A bebida, a dança... ele. Tudo tinha virado um caos.

Quando saí do banheiro, ele já estava sentado na cama. Os olhos escuros me seguiram como se eu fosse um problema a ser resolvido. Silêncio. Um silêncio que cortava. Até que ele falou.

— Tá se sentindo bem? — perguntou, voz baixa, arrastada, mas carregada.

— Estou com dor de cabeça, só isso. — respondi, seca. Evitei o olhar dele.

E
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