Eu não conseguia relaxar nem por um caralho. O som batia pesado, o baile estava no auge, mas minha atenção não desgrudava dela.

Ela não estava nem aí. Dançava com Gabriela e Eric no canto do camarote, como se fosse solteira, como se eu não estivesse ali, com o sangue fervendo só de olhar. Gabriela rebolava sem pudor, e Eric estava num nível de empolgação que parecia que o palco era dele. A vibe deles era de quem estava curtindo o melhor rolê da vida. A dela? De provocação pura.

Pardal colou do meu lado, já com o baseado aceso, rindo com aquele ar de quem sabia exatamente o que estava acontecendo.

— Puta que pariu, Playboy... Essa tua mina tá um veneno hoje. — Ele puxou o fumo e soltou devagar. — E Gabriela também, né? Essa desgraçada me fode. Nunca mais falei com ela, mas olha isso... Tá me testando, porra.

Ele falava olhando para Gabriela, que dançava com uma garrafa de tequila na mão e sorriso de quem sabia que ele estava vendo. Mas eu? Estava vendo só Isabela. A porra da mulher