Já fazia dias que eu estava nessa pilha. Sangue nos olhos, cabeça fervendo. Não tinha porra nenhuma no mundo que eu queria mais do que encontrar aqueles dois. Ricardo e a vagabunda da mãe da Isabela. Dois filhos da puta que cavaram a própria cova desde o dia que mexeram com o que era meu.
E adivinha?
Achei.
Ricardo estava escondido numa casa de apoio no Engenho Novo, achando que ia viver de favor com os comparsa de outra boca. Otário. Só que eu fui mais rápido. Pegamos ele de surpresa, sem chance de fuga, sem arma, sem moral nenhuma.
A mãe da Isabela estava junto. Aquela desgraçada teve a audácia de se esconder com ele. Mal sabia ela que isso era sentença de morte.
Levamos os dois para a Rocinha. Boca principal. Na frente de todo mundo. Eu queria deixar claro que ali, quem mandava era eu. E quem fodia com Playboy, morria.
Ricardo estava com a cara inchada de tanto que apanhou no caminho. Cada curva no morro era uma pancada. O cara que me fez cair, que tentou tomar minha coroa. E