Gabriela e Eric estavam me infernizando como dois mosquitos no ouvido, enchendo o saco porque eu me recusei a ir ao jogo. Lucas nem tinha aparecido em casa para almoçar, e sinceramente? Melhor assim. Porque se ele botasse a cara, eu jogava o prato na cabeça dele. Só de pensar na cara dele fingindo que estava tudo bem, me dava náusea.
— Já falei que eu não vou, caralho! — soltei, jogada no sofá, com os braços cruzados. — Se ele não faz questão da minha presença, por que eu vou me dar ao trabalho de ir?
Eric foi logo mandando a real.
— Depois do jogo vai rolar um pagodezinho na praça, cê sabe, né? Vai colar geral. Principalmente as do chapadão…
Olhei para ele com a cara mais fechada do mundo. Eu sabia exatamente o que aquilo significava. Não era sobre o jogo, nunca foi. Era sobre as mulheres. Mulheres demais. Do morro, do chapadão, de onde fosse. Todas querendo atenção, todas fazendo o que podiam para se esfregar nos caras. E o pior? Eu sabia que Lucas adorava aquele ambiente. Adora