323. A CICATRIZ DA MALDIÇÃO
RAVEN
Em um instante, tudo desmoronou.
Não hesitei em liberar minha loba de fogo, assustada ao ouvir o choro da minha filhote e ver o rosto de sofrimento de Vincent.
O gelo começou a congelar suas pernas, e Olaf ia correr até ele, mas Cedrick se adiantou e arrancou Amber dos braços de Vincent, enquanto os gritos da bebê não paravam.
Foi então que a vimos — bem sobre seu peitoral esquerdo, como se fosse uma tatuagem em tinta preta, aquela flor devoradora de chamas, grotesca, que ainda invade meus piores pesadelos.
— Me dá ela, deixa eu ver — arranquei Amber de seus braços e a levei até a cama.
Minhas mãos tremiam de medo, minha alma se apertava ao vê-la chorando sem parar.
Estava me arrependendo amargamente de termos feito isso.
— Já passou, meu amor… tá tudo bem, filhinha… a mamãe e o papai estão aqui… Cedrick…
Meu coração parou um segundo quando Amber apagou suas chamas e vi, a olho nu, uma cicatriz escura na palma da sua mão, bem onde Vincent a segurava.
— Vou dar meu sangue a ela a