Capítulo 6
Cael abriu os olhos devagar, capturando o olhar dela.
— Está me espionando, minha Luna? — perguntou com voz rouca, um sorriso sonolento nos lábios.
— Só admirando — ela respondeu, sem recuar, e sorriu. — Você parece menos ameaçador dormindo.
Ele riu, puxando-a para mais perto.
— E você, mais perigosa acordada.
Ela o beijou. Sem pressa. Sem medo. Um beijo suave, cheio de sentimento. E ele correspondeu com paixão e devoção;
***
Mais tarde naquele dia, Cael e Aurora estavam sentados em uma varanda de pedra esculpida, cercada por vasos com lavanda e heras pendentes. A vista dali era de tirar o fôlego: os campos se estendiam até onde os olhos podiam ver, e além deles, as florestas marcavam o território da matilha com sua imponência silenciosa.
A mesa entre eles era simples, feita de madeira escura, coberta por uma toalha branca e pratos que Cael insistira em preparar, com auxílio relutante de um dos ômegas da matilha. Havia pão fresco, frutas cortadas, queijo curado, mel e uma i