— Amara e Verena. Eu disse, brincando com a renda da elegante toalha de mesa branca. — Uma de vocês pagará a dívida do seu pai... Olhei para cima. O rosto da amante estava vermelho e ela tremia. A filha ao seu lado começou a chorar, com os lábios trêmulos. Vinicius mantinha o olhar fixo, o maxilar tenso e as mãos fechadas em punhos sobre a mesa. Verena, ela me encarava. Não havia um pingo de medo em seu olhar. Havia dúvida, dor, raiva, ira, menos medo.
— Por favor, eu imploro, por favor, não me leve. Por favor, eu não quero ir com você... A garotinha começou a chorar.
— Amara, fique quieta. Gritou o seu pai. De susto e medo, ela abraçou a mãe.
Sorri, inclinando a cabeça lentamente.
— Você está com medo? Perguntei, tentando-a, só para provocar ainda mais o seu medo.
— Eu não quero ir com você. Ela repetiu, tremendo, abraçando a mãe.
— Não se preocupe, uma bastarda jamais conseguiria pagar a dívida do seu pai. Eu disse. Verena fixou os seus profundos e brilhantes olhos cinzentos em mim.