Daphne estremeceu ao ouvir sua voz. O som de Miguel ecoou em seus ouvidos, fazendo sua pele se arrepiar por inteiro. Ela se virou depressa, surpresa ao vê-lo entrar pela porta da frente da mansão de Omar. Seu coração disparou. Nervosa, forçou um sorriso amarelo e abaixou os olhos, incapaz de encarar a intensidade daquele olhar. Engoliu em seco, tentando aliviar a garganta seca.
— Senhor Miguel… eu não sabia que vinha aqui hoje. — disse, desajeitada, enfiando uma mecha de cabelo liso atrás da orelha, gesto quase automático para disfarçar o desconforto. — Eu sei que o senhor ligou várias vezes e que eu estava...
— Tudo bem, Daphne. — Miguel a interrompeu, sua voz baixa, porém carregada de algo que ela não conseguiu decifrar. — Eu entendo.
Ela ergueu os olhos devagar, percebendo a sombra de tristeza no rosto dele. Algo em sua expressão a deixou inquieta.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou, franzindo o cenho, dando um passo hesitante em sua direção, mas mantendo uma distância respeitos