Não que eu fosse ciumenta, mas havia algo errado. Desde que Sun e a secretária dela pisaram nesta casa, um incômodo começou a crescer dentro de mim. Talvez fosse defensiva demais, mas eu sentia… algo estranho. Principalmente quando olhava para Omar e aquela mulher. Havia uma energia ali que me deixava inquieta. Ela, com aquele jeito insuportável, parecia deslocada e ao mesmo tempo perigosa. E eu precisava entender o porquê.
Sun, mais cedo, tinha subido para o quarto de hóspedes, acompanhada pela secretária. Aproveitei a oportunidade e o puxei. Caminhei sozinha pelos corredores até encontrar uma sala reservada – nada de escritório, apenas um lugar discreto, longe do movimento. Ele parecia tão desconfortável quanto eu. Coçava a nuca, um gesto que eu já tinha aprendido a decifrar: nervosismo.
Aproximei-me devagar, sentindo os dedos inquietos, torcendo-os um contra o outro. Quando finalmente parei diante dele, não consegui esconder a desconfiança na minha voz:
— Por que está agindo assim?