O lugar para onde Omar me levou era simplesmente lindo. Ficava quase no alto de uma montanha, afastado do burburinho da cidade. Eu não imaginava que ainda estivéssemos em Nova York — parecia impossível encontrar um cenário assim em meio a arranha-céus altíssimos e uma paisagem dominada por concreto e metal. Eu me acostumei a viver em uma cidade tão mecânica, tão voltada apenas para o trabalho, que estar ali me parecia surreal.
Talvez por isso, sempre que eu tinha a rara chance de estar em um lugar como aquele, eu aproveitava cada segundo. A verdade é que eu nunca saí de Nova York. Minha vida sempre foi presa às minhas responsabilidades, cuidando de todos ao meu redor. Não que eu reclamasse… mas, agora, sentada ali, eu sentia um alívio que raramente conhecia.
O céu começava a mudar de cor. O entardecer tingia Nova York de tons quentes e profundos, e, embora ainda houvesse luz, a noite já se insinuava. Uma pontada de preocupação me atravessou — minha avó certamente perguntaria onde e