capítulo 62

Miguel tentava enxergar tudo aquilo como um ato de justiça — mesmo sabendo que a decisão de Omar, por mais dura que parecesse, era natural. Era o certo a se fazer naquele momento. Mas conhecia bem o amigo. Sabia que, por trás da firmeza, havia uma camada espessa de orgulho e arrogância. Omar confiava apenas em quem estivesse ao seu alcance, quem demonstrasse lealdade e firmeza. Daphne, apesar de sua natureza estabanada, estava começando a conquistar esse espaço.

Tudo, porém, mudou naquele dia.

Mudou no instante em que ela, no auge de sua pressa e desatenção, colocou a caixa sobre a mesa — e alguém, sorrateiramente, a pegou. Levou consigo o conteúdo mais valioso da coleção: colares, pulseiras, anéis que, juntos, valiam milhões.

Agora, restava a pergunta que martelava na mente de todos: se não foi Daphne, então quem foi? Quem teve acesso, oportunidade… e, pior, motivação?

O mais curioso — e talvez o mais revelador — é que as joias haviam reaparecido. Devolvidas, discretamente, como se o
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