capítulo 56

Omar não queria fazer isso. Nunca quis. Mas aquilo doía – doía no peito, na alma, no lugar onde ele nem sabia que ainda sentia. Só agora percebia o quanto Daphne se tornara essencial. Não era só uma assistente, uma presença constante. Ela era um elo. E pior: um elo que ele não sabia mais como quebrar, mesmo querendo.

A dor era tanta que ele não pensou. Apenas agiu. Pegou o vaso de cristal – aquele que tinha custado uma fortuna, que a mãe adorava e que ele mantinha ali como relíquia – e o arremessou com toda a força contra a parede branca.

O impacto foi seco. Os cristais se estilhaçaram, explodindo em fragmentos brilhantes pelo chão, refletindo a luz do lustre como se cada pedaço gritasse por ele.

E ele gritou.

Um som rouco, rasgado, que ecoou pelas paredes frias da sala. Um grito de raiva, de frustração, de dor. De perda.

Passou a mão pelos cabelos, puxando-os levemente, desesperado. Andou de um lado para o outro, tentando raciocinar, mas a cabeça girava. A razão dizia uma coisa. O co
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