Omar estava cada vez mais curioso com as atitudes de sua nova assistente — e com o interesse que ela demonstrava por tantos aspectos da vida dele. Isso o intrigava ainda mais porque ele mesmo não conseguia parar de pensar nela. Todos os dias, antes ou depois do trabalho, ela invadia seus pensamentos, perturbando sua paz.
Ele já não conseguia se concentrar direito no trabalho. Bastava pensar em Daphne para começar a fantasiar sobre detalhes seus: o pescoço, os dedos, até o que ela guardava nos bolsos. Às vezes, ele chegava a desenhar o rosto dela, tentando capturar aquela expressão que o atormentava — mas logo amassava o papel e jogava fora, acreditando que assim aliviaria sua frustração. Mas não funcionava.
Desde aquele beijo — e desde o dia em que ela passou a trabalhar para ele — a curiosidade o consumia por completo. Ele só queria um pouco de paz. Havia jurado para si mesmo que nunca se apaixonaria, muito menos por uma assistente. Por isso se negava, tentava fugir, manter distância