O escritório parecia pequeno demais para Daphne naquele momento.
Assim que Penélope saiu, fechando a porta atrás de si como se tivesse acabado de vencer uma batalha, Daphne sentiu o ar faltar. As pernas ficaram fracas. Ela precisou se apoiar na mesa para não desabar.
As mãos tremiam tanto que mal conseguiu pegar o celular.
Ela discou o número de Glória sem pensar duas vezes.
— Atende… atende… — murmurava, andando de um lado para o outro.
Quando a ligação foi atendida, a voz de Glória veio calma demais.
— O que foi agora, Daphne?
— O que foi agora?! — sussurrou, quase gritando. — Você enlouqueceu? Você me expôs! Você falou demais naquele banheiro! Tem alguém com uma gravação, Glória! Alguém ouviu tudo!
Houve um breve silêncio do outro lado.
— Isso é impossível — Glória respondeu fria. — Não tinha ninguém ali.
— Tinha, sim! — Daphne levou a mão à testa, sentindo a cabeça latejar. — Penélope. Ela estava lá. Ela gravou tudo. Tudo! Ela me mostrou hoje. Está me chantageando!
Desta vez, Glór