William
A noite mal dormida começava a cobrar seu preço: meu corpo inteiro doía, e os ombros pareciam pesar uma tonelada. O sofá do escritório definitivamente não é um bom lugar para dormir, mas ainda assim, é melhor do que dividir a cama com alguém insignificante.
São exatamente seis e quinze da manhã, e já estou irritado por não ter acordado mais cedo, como de costume. Ao abrir a porta do quarto, surpreendi-me ao encontrar a cama vazia e perfeitamente arrumada. Onde está Melinda?
Um cheiro doce pairava no ar, como o de flores. O quarto, que antes era só meu, agora estava tomado pelos pertences de Melinda, espalhados por diversos cantos.
Então a vejo sair do banheiro, vestindo apenas uma toalha que mal cobre seu corpo delicado. Meus olhos, traiçoeiros, percorrem sua silhueta, e minha curiosidade se acende ao imaginar o que há por baixo daquele tecido.
Ela parece distraída, os passos leves a conduzem até o closet, e o rosto levemente avermelhado denuncia o calor do banho. Mas, ao perce