Capítulo dois

“A vida não é triste, ela tem horas tristes” Romain Rolland

Entrei na clínica e me sentei na recepção. Esperei alguns minutos. Fiquei observando as paredes. Era tudo tão branco, que chegou a doer minha vista. Passei as mãos pelos meus olhos e me ajeitei na cadeira. Um sono que não era meu foi se apossando de mim.

Agora eu viveria com sono?

Essa era boa! Era como se há dias eu não dormisse, era como se alguém passasse as mãos pelos meus olhos, e me embalando com uma cantiga suave, comecei a dormir.

— Senhor? — Uma moça empurrava delicadamente o meu ombro.

— Oi, desculpe — disse, acordando e me ajeitando na cadeira.

Passei a mão no rosto e tentei sorrir. Aí, paspalho, passa mais vergonha!. Corei, sem jeito. Ela pareceu não se importar quando deu de ombros e sorriu para mim.

— O Doutor pediu para que entre na sala dele.

Ela sorriu ainda mais, mas achei seu sorriso artificial, aquele que só é dado por obrigação. Uma pena, porque o sorriso anterior dela era mais bonito.

— Ah, sim! — Levantei-me e passei as mãos pela roupa. — Ainda bem.

Tentei sorrir para tentar disfarçar a minha vergonha por ter cochilado no banco, mas foi uma tentativa falha, pois eu estava nervoso demais para sorrir. Ok! Chegava e ser cômico. Dei de ombros. Agora já era, não é mesmo?

Ela me acompanhou até a sala do doutor. Sentei-me e esperei por ele.

Lembranças então invadiram minha mente, mas tentei não pensar nelas. Foi quando a porta se abriu e dela saiu um velho neurocirurgião, um dos melhores que existiam. Ele era magricelo, andava meio curvado, tinha cabelos pretos, mas com alguns fios brancos, de estatura baixa, tinha manchinhas por toda a pele, denunciando a idade avançada e sua fisionomia era tranquila, calma com um bom velhinho.

Ele levantou os óculos e sorriu para mim, era um sorriso que um pai dava ao ver um filho depois de uma longa data sem contato.

— Hei, John, meu garoto! Como está? — Ele sorria agradavelmente.

Senti-me em casa com seu sorriso.

— Tirando essa dor de cabeça filha da mãe, estou bem.

Horácio havia sido amigo do papai. Tinham estudado no colégio juntos. Papai havia tentado fazer faculdade de Medicina, mas ele levara jeito mesmo era para ser um grande, poderoso e rico empresário. A amizade dos dois crescera rápida e calorosa. Com isso, o Senhor Horácio, que tinha feito o parto da mamãe, se tornara meu padrinho de batismo. Eu tinha as melhores lembranças com esse cara. Uma delas, por exemplo, era pescar. Adorava quando ele me levava para o lago ao sul, dava a mim uma vara e passávamos horas ali, tentando pescar algo. Muitas das vezes passávamos no mercado e comprávamos um peixe para grelhar, porque não pescávamos nada e eu tinha a quase certeza que naquele lago tinha apenas meia dúzia de peixes.

Outra era de quando meu pai falecera. Um dia eu havia fugido de casa e ido parar no cemitério. Sentara em seu túmulo e tocara sua lápide. Lágrimas doloridas caíam de meus olhos. Fora quando Horácio chegara, colocara a mão em meu ombro e me dissera que meu sorriso era mais bonito, que era ele que as pessoas precisavam, e não de minhas lágrimas. Aquelas simples palavras haviam me mudado completamente.

Era por isso que hoje eu reparava tanto nos sorrisos das pessoas. Alguns eram tristes; outros, felizes; outros tentavam mostrar felicidade, mas por detrás, sabíamos que a pessoa sofria.

Sorrisos, não lágrimas. Com essas palavras eu havia me transformado.

— Dores? — Despertei das minhas lembranças e balancei a cabeça, assentindo.

— Sim, algumas dores de cabeça apenas! — Dei um longo suspiro.

— Sente mais alguma coisa fora essas dores, ou algum outro desconforto?

— Sono. Às vezes me desequilibro quando vem aquela dor forte de cabeça, a visão fica turva, e alguns enjoos.

— Hum, nada bom, nada bom. — Ele parecia falar consigo mesmo; virou-se para mim. — Vamos fazer os exames e tirar essa dúvida da cabeça?

— Sim, claro! — Mas, que dúvidas eram aquelas?

— Venha comigo.

Assenti com a cabeça. Queria perguntar quais eram suas dúvidas, mas sabia que ele não falaria até ter certeza se eram verdadeiras ou falsas.

Ele me conduziu por um longo corredor branco com muitas portas. Parei na frente de uma. Tinha uma menina linda deitada na cama, recebendo soro. Seus cabelos negros esparramavam pelo travesseiro e sua pele branca parecia brilhar por causa da luz do sol em seu rosto. Ela era linda.

— John, anda. — Ele me olhou bravo porque eu tinha parado.

— Desculpe-me!

Ele pareceu perceber o meu interesse naquela menina, então, simplesmente começou a falar sobre ela. Devo dizer que aquela minha preocupação e a angústia passaram quando ele começou a falar de Alicia Relis.

— Tudo bem. Essa é Alicia, uma das pacientes mais novas daqui, tem doze anos.

— Por que ela está sozinha?

Sozinha, uma palavra pequena, mas com um significado imenso. Já pararam para refletir sobre essa palavra? SO-ZI-NHA, só, sem mais ninguém nesse mundo.

Um arrepio odioso passou pelo meu corpo. Será que se algum dia eu ficasse em um hospital, eu estaria assim? Sozinho?

— Triste história. — Ele balançava a cabeça em negativa. — Alicia sofreu um acidente aos seis anos de idade. Os pais dela morreram e ela vive aqui no hospital. Ela teve uma grave lesão no cérebro.

— Nossa! Coitada. E a família dela? Por que não está aqui com ela?

— Não a deixe escutar você a chamando de coitada. — Ele sorriu. — Ela tem uma tia, mas nunca vem ver ela, paga o tratamento, apenas isso.

Mais uma vez me coloquei no lugar dela. Viver sozinha, sem ninguém, saber que quando saísse dali não haveria nada para ela... Sacudi a cabeça. Mas, que besteira! Bem ou mal, eu tinha minha mãe, o Horácio e meus amigos.

— John, filho, onde está com a cabeça hoje? — Ele não esperou minha resposta. — Vamos fazer nosso exame — disse com uma confiança que evidentemente estava longe de sentir.

— Está bem.

Acompanhei-o até uma sala grande, toda branca, com uma máquina para fazer uma ressonância magnética, que é parecida com um raio-X, só que do cérebro. Fiquei com essas roupas de hospitais aberta na parte de trás. Tive que tirar tudo, até minha cueca. Esse doutor, não sei não, viu? Acho que está querendo me ver nu, só pode.

— Deite-se, John. — Fiz o que ele pediu. — Isso, muito bem. Não pode se mexer, ok? Eu vou prender a sua cabeça bem firme e vou colocar esse fone de ouvido, porque tem muito barulho dentro da máquina. O isopor é para que você em nenhum momento mexa a cabeça, não cruze braços e pernas, relaxe. — Conforme explicava, ia fazendo gestos, a fim de mostrar exatamente do que falava. — Esse espelho aqui, se olhar, vai me ver lá dentro, e se por acaso sentir medo ou sufocado, aperte essa bolinha, que eu venho te tirar daqui, ok?

— Sim.

— Boa sorte, meu garoto. Não se esqueça... não se mexa.

Ele apertou um botão e eu entrei na máquina. Respirei fundo. Queria poder ler seus pensamentos.

Assustei-me quando escutei um estralo forte, mas em seguida relaxei, pois lembrei que a máquina faria barulho. Eu tinha trinta minutos de exame, portanto, ficaria um bom tempo a sós com meus pensamentos.

Bem, no que eu pensei? Pensei em tudo. A minha vida passou em flash, meus olhos se encheram d’água, respirei fundo, fechei os olhos... Algum tempo depois, escutei uma voz ao longe. Era Doutor Horácio.

— Muito bem, John. Graça, a enfermeira, vai te ajudar. Fique aí parado.

Ok.

Quando Graça entrou, fiquei bem animado. Ela era loira de olhos azuis, alta e a roupa de enfermeira era bem curtinha, com um decote bem grande. Acho que meu padrinho mantinha suas enfermeiras assim por querer que seus pacientes tivessem algo de extraordinariamente bonito para olhar, ou então para que ele pudesse olhar. Sorri.

— Muito bem, John. — Ela disse, se debruçando em cima de mim.

Eu olhava para o decote dela, e óbvio que ela notou, pois eu não desviei o olhar.

— Vamos soltar você... Pronto, está livre.

— Obrigado.

Quando me levantei, vi que ela estava olhando, não entendi o porquê. Foi quando lembrei que a parte de trás da roupa era aberta. Ela olhava para o meu bumbum. Era justo, pois olhei para os peitos dela.

Entrei no banheiro, troquei de roupa e fui para a sala do doutor. Estava nervoso, suava frio e estava com medo. Sabe aquele medo que faz você sentir um frio na barriga? A sensação era de eu estar indo para a forca.

Engoli seco e girei a maçaneta. Ele não sorriu ao me ver, em vez disso, esticou a mão e apontou em direção a uma cadeira à sua frente, logo após, retirando uma caneta do jaleco e anotando algo. Suspirou pesadamente e apenas disse:

— Sente-se, meu filho.

— E aí, Doutor, o que eu tenho?

Eu me sentia inquieto, com medo, torcia os dedos e meu coração parecia que pulava de Bang-jump, de tantos pulos que dava.

— Estava aqui pensando em como te falar isso, mas acho que se eu for direto, é melhor.

— Por favor, seja direto.

Ok! É... — Ele tirou os óculos e passou a mão nos olhos, coisa que só fazia quando estava muito tenso e preocupado. — Você tem um tumor no cérebro. Pelo visto, cresce relativamente rápido e é provável que retorne após a cirurgia. Mesmo que completamente removido, pode apresentar metástase em outras regiões. Só que esse não pode ser tratado cirurgicamente, ele precisa de tratamentos radioterápicos e quimioterápicos para evitar a recidiva. Não vou poder te operar, porque ele está em um lugar... — Ele parou.

Seus olhos brilhavam, uma lágrima nascia no cantinho do olho esquerdo. Ele colocou os óculos.

— Não tem como? — perguntei, em disparada, com falta de ar e lágrimas queimando em meus olhos.           

— Não, sinto muito! Muito mesmo.

— É...

Não vou negar, a notícia me pegou de surpresa. Claro, eu imaginava algo grave, mas não tanto assim. Não que não tivesse solução; pelo menos, não que eu fosse morrer.

Lágrimas invadiram meus olhos e o que eu queria era exatamente FUGIR, ir bem longe dali, longe de tudo e de todos.

— Tudo bem, esse tumor... como sabe que não pode ficar bom... digo, se eu me tratar e fazer tudo certinho, não tem como...

Ele não me deixou terminar, foi logo me cortando.

— John, meu querido, olhe. — Ele mostrou as fotos da minha cabeça. — Quanto tempo vem sentindo esses sintomas?

— Duas ou três semanas, não me lembro ao certo.

— O seu tumor tem um tamanho de uma ameixa, John. Para o tempo que está me falando, ele deveria ser como um caroço de feijão. — Suspirei pesadamente e passei as mãos pelo rosto, deixando meus cotovelos em cima dos joelhos.

— Quanto tempo tenho de vida?

— Se você ficar aqui na clínica, se tratando, tem um ano, mais ou menos.

— E sem tratamento? — perguntei, nervoso.

Os breves segundos que ele pensou fez parecer horas.

— Algumas semanas — disse, com a voz embargada, enquanto abaixava a cabeça; talvez o choro estivesse por vir.

Engoli em seco e respirei mais fundo ainda.

Droga! Por que isso? Por quê? O que eu fiz para merecer essa doença?

— Eu preciso ir — disse rapidamente, me levantei e não esperei, porque se eu hesitasse, ele me faria mudar de ideia.

— Espere, John, volte aqui, vamos conversar!

— Não, depois, tenho pressa!

Pressa? Eu tinha pressa do quê? De morrer? De tentar fugir? Ou de sumir?

Comecei a correr pelo corredor do hospital enquanto as lágrimas caíam. Todas aquelas portas, todas aquelas pessoas, algumas entubadas, outras em seus últimos dias de vida, sofrendo, querendo ter mais tempo... e dali a uns dias eu estaria assim, dali a uns dias eu estaria num leito de hospital, respirando artificialmente e morrendo. Eu nunca havia parado para pensar no que morrer significaria.

Será que eu deixaria de existir? Ou será que eu voltaria em outro corpo, em outra vida, com pessoas novas?

Parei na frente do quarto daquela menina. Ela estava dormindo tranquilamente. Coloquei as mãos nos joelhos e funguei.

Droga! Ela nem parecia doente, nem parecia que estava morrendo. MORRENDO, como eu...

Entrei no quarto da menina e fiquei olhando para ela. Passei as mãos nos olhos, e de novo a pergunta: o que acontece depois que a gente morre?

— Eu posso estar de olhos fechados, mas sei que você está me encarando. Que coisa feia...

— É... desculpe, eu... — Chorando.

— Por que está chorando? Quem é você? E o que faz no meu quarto?

— Eu já estou de saída — disse rapidamente.

Eu não esperava que ela estivesse acordada, não queria conversa, não agora.

— Fica, conversa um pouco comigo, eu me sinto sozinha.

Pude ver no seu olhar a tristeza, então dei de ombros e me sentei na cadeira ao lado de sua cama. Ela também se sentou na cama, e dando de ombros, me olhou com uma intensidade tremenda.

Eu nem sei por que comecei a falar da minha vida para ela. Um cara de vinte e seis anos desabafando com uma criança de doze anos... Loucura, eu sei. O que ela poderia falar que fizesse eu me sentir melhor, o quê? Nada...

— Droga! Você sabe o que é estar morrendo? — perguntei, apontando para mim e em seguida abaixando a cabeça.

— Por que essa pergunta? Acha que eu não sei? Olhe ao seu redor e veja! Veja onde estou, como estou! Acha que eu não sei o que está sentindo? Acha que eu não sei?! — Ela repetia, magoada.

— Me desculpe, eu...

— Tudo bem. — Ela remexeu as mãos e olhou pela janela. — Não fica assim, John, é a vida, ela simplesmente acontece.

— A vida é cruel! A vida é uma droga!

— E quem disse que viver seria fácil? Se fosse, ela não teria graça. Viver tem que ser emocionante. — Colocou as mãos no peito e sorriu de um jeito meigo.

Seus olhos brilhavam tanto, que isso me fez ver as coisas de um ângulo diferente.

Ela, se ajeitando na cama, pegou o violão que estava ao lado da cama, deu umas dedilhadas e começou a cantar...

Veja o sol dessa manhã tão cinza.

A tempestade que chega é da cor dos teus olhos

Castanhos.

Então me abraça forte

E me diz mais uma vez que já estamos

Distantes de tudo.

Temos nosso próprio tempo.

Legião Urbana – Tempo Perdido

       — Eu estou aqui desde os seis anos. Queria muito estar lá fora, correndo, sentindo o vento no meu cabelo. Queria meus pais comigo. Sabe, se eu pudesse viver de outro jeito, pudesse realizar meus desejos, eu viveria a vida em vez de apenas reclamar. Todo mundo aqui só reclama, é chato demais. As pessoas não veem a beleza nas coisas, mesmo em morrer. Vocês, adultos, reclamam da falta de tempo; o tempo é a gente que faz, então, pare de reclamar. Está doente, sim, é triste, sinto muito; mas se sentir assim não mudará o fato. Mas é a vida, John, é a vida, então, aí vai a dica: quer viver para quê? Seja lembrado pelo que você fez, construa memórias felizes, e não tristeza sem fim. Construa pontes em vez de muros.

desconfiado que você não tenha somente doze anos. — Ela sorriu. — Qual é o seu desejo?

— Desejos? Sonhos? São vários, alguns deles sei que não vou realizar nunca.

— Me conte um deles?

— Quando eu tinha sete anos, comecei a escrever em um diário e queria muito que ele fosse publicado. — Ela me olhava intensamente, e seu sorriso era de felicidade. — Olha aqui.

Ela abriu a gaveta do criado-mudo com uma certa dificuldade e deu a mim um caderno, com um grande número um escrito em caneta preta na capa amarela.

— Espero que você tenha me entendido, John... espero que você faça algo além do que só reclamar. Parece mais um velho ranzinza, acho que está passando muito tempo com o Senhor Horácio. — Ela gargalhou alto, colocando a mão na boca.

Nisso, apareceu uma enfermeira grande, muito grande.

— Quem é você?

— Um amigo. — Alicia se apressou em dizer.

— Pois bem, amigo, horário de visitas já acabou!

— Deixe ele mais um pouco, nunca recebo visitas, ainda mais uma tão... interessante, vamos assim dizer. — Ela piscou para mim.         

— Você tem que descansar, eu volto outro dia.

— Tudo bem, mas volte mesmo.

— Sim.

Dei um beijo em sua testa, peguei o diário dela e saí. Fui direto para o carro. Entrei e coloquei as mãos no volante.

Sem querer, lágrimas começaram a descer sem parar. Chorei tanto, que cheguei a soluçar, então, uma raiva se apossou de mim, comecei a socar o volante, a gritar e pensei no que Alice disse, que eu mais parecia um velho ranzinza que só reclamava.

Ela estava certa. Essa foi a vida que eu quis para mim, essa foi a vida que eu escolhi, não adiantava reclamar, não adiantava mais.

Olhei para o lado, peguei o diário da Alice e comecei a ler.

A letra de criança ainda se formando me emocionou, e muito. Eram frases, poemas, eram descrições de seus tratamentos, pensamentos, entre eles, como ela se sentia sozinha, e de como era difícil passar por inúmeras cirurgias, tanto da reconstrução de suas pernas, quanto às cirurgias do coração, e de como era insuportável a dor em sua cabeça. Essas foram as coisas que mais me emocionaram.

Novamente chorei, e mais uma vez soquei o volante do carro, mais uma vez gritei; gritei como se eu estivesse só no mundo, como a Alice; gritei como se meu grito fosse me livrar do meu fim trágico, angustiante e triste; gritei assim, quem sabe alguma providência divina me ajudaria.

Meu celular tocou. Olhei no visor, e era o Carter.

— Ei, seu veado, onde você está?

Veado é teu pai — disse, fungando.

Fala logo, caramba, crédito acabando aqui.

Saí do médico agora. Estou no carro, lendo.

Você lendo...? Só se for revista pornô. — Ele caiu na gargalhada.

Muito engraçado — ironizei. — Vai se foder. O que você quer?

Sair. Vamos, bora?

Hoje não.

Mas, por quê?

— Cansado!

— Shii... o que aconteceu, cara? O que você tem?

Nada, não, Brow, fica tranquilo

Passamos aí na sua casa às nove para a balada. Indo nessa, créditos acabando.

Carter, Carter...

Não deu para falar mais nada, ele encerrou antes.

Eu não queria sair, não hoje. Tudo isso tinha mexido com a minha mente e com o meu coração. Estava difícil aguentar.

Liguei o carro e fui para casa, tomar um banho e dormir até eles chegarem. Sabia que eu não poderia dizer não. Quando eles queriam, eu tinha que fazer, eu era obrigado.

Cheguei rápido, tomei um banho meio que demorado e deitei.

A cama estava ótima! Dormi até as nove da noite acordei com eles pulando em cima de mim.

Sim, eles tinham a chave do meu apartamento.

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