“A verdade é que ninguém me diz que a gente muda com a morte, porque o único
jeito é sobreviver a ela”.
Bianca Briones
Quando o dia amanheceu e os raios de sol entraram por frestas do teto, pensei no buraco em que tinha metido a gente. Olhei para o lado, e Beatriz estava em pé, junto à janela, com uma caneca na mão. Parecia pensativa. Ela estava com os cabelos soltos, enrolada em um edredom grosso.
Saí da cama sem fazer barulho e fui até ela, mas o piso de madeira denunciou minha presença, então Beatriz olhou para trás, e sorriu ao me ver.
— Bom dia, amor. Quer café?
— Bom dia, minha linda. Onde conseguiu café?
— Por incrível que pareça, esse hotel muito charmoso tem um excelente serviço de quarto. —