Rosemary
Ao abrir os olhos, vejo o sorriso sinistro de Raquel.
Me levanto e percebo que meus pés estão acorrentados.
— Até que enfim acordou, vadia! Gostou? Esse é o seu novo lar.
Diz, apontando para o quarto que é grande e tem quatro camas. A decoração é bastante exagerada.
Uma música alta e animada ecoa pelo ambiente.
— Raquel, que lugar é esse?
Pergunto, mas eu já sei a resposta.
— Uma igreja. É claro que é um bordel, burra idiota.
— Tire essas correntes dos meus pés. Senão...
— Senão o quê? Vai esperar seu ex-marido vir te salvar? Acorda, garota! O senhor Montenegro enjoou de você. Achou mesmo que estava vivendo um conto de fadas moderno? Você é ainda mais idiota que pensei.
— SOCORRO! SOCORRO! SOCORRO! SOCORRO! SOCORRO! SOCORRO! SOCORRO!
Raquel ri e ajeita o penteado.
— Ninguém aqui vai te ajudar, tolinha. Quem diria que você iria servir para alguma coisa. Cinquenta mil não é uma fortuna, mas vai me ajudar a reconstruir a minha vida em outra cidade.
— Você se fingiu de morta par