Rosemary
11:37 da noite. Mercado abandonado.
Téo, o segurança, está aqui escondido. Lucrécia e eu descemos do carro e olhamos para Téo, que diz com o olhar que virá ao nosso socorro se a gente precisar.
Entramos no estabelecimento que, aparentemente, está sem limpeza há um bom tempo.
Teias de aranha, ratos e baratas vivem no local, deixando o ambiente nojento.
— Rose, acho que foi uma péssima ideia. Tião é imprevisível. Vamos embora.
Lucrécia diz, puxando a minha mão, mas, nesse momento, uma voz ecoa por todo o ambiente.
— Credo, está parecendo um filme de terror. Só falta a música de suspense.
— Não lembro de você ter dito que ia trazer essa mulher, Lucrécia. Isso, por acaso, é uma armadilha?
O som de um disparo me faz tremer.
A garrafa de azeite se estilhaça em vários pedaços devido à bala da arma de Tião.
Ligo a lanterna do meu celular e vejo bem o rosto do desgraçado que destruiu a vida de Victor por dinheiro.
— Eu a trouxe aqui para ver se você se comove! Victor é inocente, por f