— Eu... não sei se estou pronta para esse tipo de amor, Alexander.
As palavras escaparam dela como se fossem arrancadas à força, carregadas de uma dor silenciosa que parecia ecoar por todo o ambiente. O ar entre eles ficou mais denso, como se o tempo tivesse desacelerado. Ela respirou fundo, tentando conter o tremor que começava a tomar conta de suas mãos, agora frias e úmidas.
— Eu não quero te machucar, Alexander, nem ferir os seus sentimentos — disse, com a voz quase engolida pelo sussurro. Seus olhos, evitavam os dele por um instante, fixando-se em um ponto qualquer do chão, como se ali estivesse a coragem que lhe faltava.
— Mas a verdade é que eu não consigo sentir nada por você. Nunca senti.
Ela então ergueu o olhar e segurou a mão dele, que ainda repousava em seu rosto, com um gesto delicado, quase reverente. Seus dedos se entrelaçaram brevemente, como se quisessem agradecer por tudo que ele havia tentado oferecer, mesmo que não pudesse aceitar.
— Espero que não fique chateado