O quarto de hospital parecia ainda menor com a presença dos meus avós. Seus rostos estavam marcados pela preocupação, e a cada olhar que trocávamos, eu sentia o peso do amor e do medo que eles carregavam por mim. A despedida foi lenta, recheada de beijos demorados na testa e promessas de que voltariam pela manhã. Eu tentei manter a compostura, sorrindo levemente para aliviar a tensão, mas por dentro, estava completamente destruída.
Quando finalmente fiquei sozinha, senti o peso no meu peito voltar a crescer. A dor esmagadora, as lembranças vívidas, como se tudo tivesse acontecido na noite anterior. A saudade...
Olhei para o corredor e vi Damian conversava com o médico, sua expressão séria e impassível. Seu rosto estava tenso, a veia em seu pescoço saltando enquanto ele apertava o maxilar. Sua presença esmagadora dominava tudo. Eu conseguia sentir sua autoridade mesmo de longe, o que alimentava a tempestade constante dentro de mim. Como ele podia ficar ali, fingindo alguma preocupação,