O hospital estava silencioso naquela noite, o som intermitente dos monitores preenchia o quarto enquanto os passos suaves dos enfermeiros ecoavam pelos corredores. Eu estava deitada na cama, olhando para o teto, tentando acalmar os pensamentos que não me davam trégua. As lembranças de Ayla, as lembranças de Lin, sentimentos, sensações. Eram tantas coisas para assimilar e entender que minha cabeça doía.
Meu corpo ainda estava fraco pela crise e a tontura que senti mais cedo me deixou assustada. Eu queria acreditar que era apenas o estresse de recuperar minhas memórias, o impacto de tudo o que me lembrei, juntos com os traumas do acidente, mas algo dentro de mim dizia que havia mais alguma coisa acontecendo. Minha loba estava agitada também, uma inquietação desconhecida se espalhando pelo meu corpo. Eu não podia me dar ao luxo de pensar naquilo. Silenciei minha loba e voltei a me concentrar, tentando descansar um pouco, mas o cheiro amadeirado me envolveu, me fazendo olhar na direção da