O quarto ainda estava mergulhado num silêncio delicado, cortado apenas pelo som suave de Dante resmungando, olhando as mãos tranquilo entre os dois. O céu lá fora começava a clarear timidamente.
Tayanara virou-se devagar na cama, com o rosto amassado, os olhos marcados por uma noite sem descanso, mas estranhamente mais calmos. Observou o rosto de Rangel por alguns segundos, como se estivesse testando internamente se era o momento certo. E então, num gesto contido mas carregado de intenção, esticou a mão por cima do corpinho de Dante e segurou a dele.Os dedos dela eram frios, os dele estavam quentes. E o toque foi firme. Não um pedido de ajuda, mas um sinal de presença emocional, afeto.Rangel virou o rosto devagar para ela, surpreso. Os olhares se encontraram por cima do filho, ele sorriu.— Tay Tay Tay...Ela respirou fundo antes de falar. A voz saiu baixa, mas densa de sentimento.— Eu só quero o melhor pra gente. Para nós trê