O celular de Rangel começou a vibrar em cima da cama no exato momento em que o silêncio no quarto parecia se transformar em paz. Ele enxugou discretamente os olhos com a manga da camiseta, ergueu o aparelho e viu o nome: “MÃE”.
Suspirou.— É minha mãe, ela quer ver o Dante, não para de fazer perguntas. — murmurou para Tayanara, já sabendo que o momento calmo que dividiam estava prestes a ser sacudido.Atendeu com a voz ainda embargada do choro anterior:— Oi Mãe, fala?Do outro lado, veio direto o tom irritado e impaciente:— Te liguei várias vezes, mandei mensagens, custa responder?— Rangel, você tá achando que eu vou fazer o que agora? Desde que você parou com a mesada, meu cartão tá cheio!— Você simplesmente parou de mandar o dinheiro e acha que eu tenho de onde tirar, pra pagar a casa?Ele fechou os olhos, tentando manter a calma. Tayanara, ainda sentada ao lado, o observava em silêncio, notando