Tayanara suspirou, desviando o olhar, visivelmente incomodada.
— Eu já disse, não preciso de nada.
Rangel não recuou. Enquanto ela afastava sua mão.
— Não quero te fazer se sentir inferior. Não é sobre isso.
Ela cruzou os braços, esperando que ele continuasse.
— Mas eu tenho condições financeiras para ajudar. E isso é justo. — disse, mantendo a voz calma, sem querer pressioná-la.
Ela franziu o cenho, ainda relutante.
— Justo pra quem? Pra você?
Rangel se inclinou levemente para frente, tentando transmitir sinceridade naquelas palavras.
— Justo pra você. E pra ele.
— Eu posso te levar aos melhores médicos, garantir que nada falte. Comprar tudo que você quiser, tudo que for necessário pro seu conforto e pro bebê.
Ela continuou indiferente, absorvendo aquilo, mas sem demonstrar nenhuma resposta imediata, respirou fundo, sentindo o peso da conversa e de tudo que aquilo significava, no fundo começou a ficar aliviada.
A solidão que carregava era imensa, e o medo da maternidade so