Helena Duarte
Os meses se passaram, e a gestação se desenvolvia como uma promessa silenciosa de vida. Cada movimento do bebê, cada pontada e cada chute suave que eu sentia era como se Davi estivesse ali, me segurando pela mão, me encorajando a continuar. O enjoo inicial deu lugar a uma rotina mais equilibrada, e mesmo nos dias mais difíceis, eu podia sorrir ao sentir meu filho mexer, lembrando-me de que nunca mais estaria sozinha.
Mariana se tornou mais do que uma amiga — ela era minha rocha, minha confidente, o ombro seguro em que podia me apoiar sem reservas. Entre consultas médicas, reuniões e contratos, ela estava sempre ali, antecipando minhas necessidades, segurando minha mão quando a ansiedade apertava, ou simplesmente rindo comigo das pequenas vitórias do dia a dia. Com Mariana, não havia pressa, nem julgamentos, apenas compreensão e presença verdadeira.
O trabalho nas empresas também florescia. Helena Duarte, que antes se sentia perdida e esmagada pelo peso da dor, agora rede