Helena Duarte
Os meses tinham voado. Foram dias longos, produtivos, cheios de reuniões e compromissos, mas também carregados de momentos leves, regados ao carinho do meu amor. Sim, eu posso dizer sem medo: eu tenho um amor. E esse amor é Davi.
Ele foi meu primeiro beijo, meu primeiro homem, meu primeiro tudo… e cada detalhe vivido com ele é uma memória que guardo no peito com ternura. Eu o amo com todas as minhas forças.
A reaproximação com Valentina aconteceu de forma natural. O bebê nos uniu, costurando laços que eu achei que nunca mais seriam possíveis. Aquela mulher fútil, que tantas vezes me machucou, foi moldada pela criação cruel e narcisista de nossa mãe. Hoje, ao vê-la tentando ser diferente, sinto compaixão.
Valentina estava na reta final da gravidez e poderia dar à luz a qualquer momento. Sempre que podia, eu a visitava no hotel onde morava, e os funcionários a tratavam com carinho, ajudando em tudo. Isso me permitia trabalhar em paz, sabendo que ela não estava sozinha.
Naq