Nunca imaginei que aquela noite terminaria assim. Eu, Salvatore, o homem que sempre ditou as regras, fui obrigado a me curvar diante de todos.
Quando Helena ergueu a taça e me encarou com aquele olhar frio, senti meu coração apertar. Ela sabia. Sabia da bailarina, sabia da traição, sabia de tudo. E com poucas palavras me colocou contra a parede, ameaçando expor diante da Famiglia que nosso casamento nunca fora consumado.
O medo me tomou. Não pelo segredo em si, mas pelo que significava: a perda da minha honra, da minha autoridade, da minha posição como Dom. Eu não podia permitir que isso acontecesse. Então, engoli o orgulho e fiz o que ela mandou. Brindei. Declarei amor. Diante de todos.
Personifiquei o papel de bobo da corte. Cada palavra que saiu da minha boca foi como veneno. Eu disse que a amava, que ela era meu poder, que me completava. Vi os olhares se voltarem para mim, alguns surpresos, outros desconfiados. Mas todos acreditaram. Helena me obrigou a vestir uma máscara qu