Royal permaneceu no quarto, sem a menor intenção de deixá-las sozinhas. Havia algo na presença de Kisa com Coral que lhe transmitia uma paz difícil de explicar — embora ele não estivesse pronto para admitir isso nem para si mesmo. Alguns minutos se passaram, e a energia vibrante que preenchia o ambiente começou a diminuir lentamente. Coral, depois de tudo o que havia vivido naquele dia, começou a bocejar. Os olhos pesados e as bochechas levemente coradas pelo cansaço revelavam que o sono já se aproximava.
— Cori — disse Kisa com ternura —, que tal tomar um banho e depois ir dormir? Assim você descansa bem e amanhã estará pronta pra voltar à escola.
Coral franziu um pouco a testa ao ouvir a palavra “escola”, mas assentiu devagar.
— Além disso, vou deixar uma tarefa pra você — continuou Kisa, num tom leve, sem qualquer reprovação. — Você precisa pedir desculpas à sua professora por tê-la deixado preocupada hoje.
— Eu tenho mesmo que fazer isso? — perguntou a menina, brincando com os ded