Jaqueline

Edgar com os olhos marejados, encarou a minha mãe como se o mundo inteiro tivesse desaparecido ao redor deles. Senti o meu sangue gelar e apertei a mão do Alexandre que já estava em alerta ao meu lado, com os olhos fixos na direção do Edgar e do Gustavo. Minha irmã apreciava tudo com os olhos carregados de diversão e deboche.

– Você não tem o direito de entrar aqui desse jeito, Edgar!

– Helen… você não faz ideia… sua voz falhou e ele levou a mão ao rosto para enxugar uma lágrima que escorria. – Não faz ideia da emoção que é te rever depois de tantos anos. É como se eu tivesse voltado ao tempo. Você continua bela…

Minha mãe se apoiou no meu pai, que deu um passo firme à frente, ficando ao seu lado, com o corpo erguido em defesa.

– Você não tem o direito de estar aqui, Edgar. Saí da minha casa.

– Eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto. Ele olhou pra minha mãe e em seguida olhou para mim, com a voz embargada. – Mas vocês precisam me ouvir. Helen… Jaqueline… vocês pr