Dois homens que viveram um inferno...
Alexandre
Depois do susto que levamos, Edgar estava tremendo com os olhos marejados.
– Eles vão encontrá-la, Edgar. Só sairemos deste lugar hoje com ela. Ele assentiu com a cabeça e permaneceu em silêncio sentado dentro da viatura.
Uma ambulância de resgate já havia sido acionada, e as equipes seguiam vasculhando todo o entorno. Mas o tempo parecia se arrastar com o vai e vem das viaturas e o latido dos cães farejadores ao longe.
A voz de um policial pelo rádio trouxe a notícia que esperávamos:
– A encontramos, desmaiada próxima à estrada vicinal.
Quase perdi o fôlego. Olhei para o Edgar e ele me olhou de volta. O policial entrou na viatura e nos levou em direção ao local. Um grupo de policiais e paramédicos já estavam por lá. Jaqueline estava sendo colocada sobre uma maca, imóvel, pálida, com o rosto marcado pelo cansaço e alguns arranhões. Senti as pernas vacilarem.
– Minha filha…
– Jaqueline, meu amor.
Um dos paramédicos nos informou que ela estava desidratada. Havia arranhões nos