Seis meses.
Seis longos e, ao mesmo tempo, curtos meses.
A vida parecia ter se dividido em antes e depois. Antes… quando tudo era caos e desejo, esperança e medo, amor e confusão. E depois… quando ela precisou simplesmente aceitar, respirar fundo e seguir. Mesmo com o peito apertado, mesmo com o coração desalinhado do rumo que a vida parecia querer tomar.
Agora, ali, sentada na sala de espera da oncologia, com uma mão repousando sobre o ventre já pesado e a outra segurando com firmeza a mão da mãe, Sophie sentia-se cansada. Cansada física, emocional e mentalmente. As contrações de treinamento eram constantes, como pequenos lembretes de que logo a vida mudaria de novo. E, se era possível, uma parte dela se sentia pronta — não para tudo, mas para aquilo que mais importava agora: ser mãe.
A consulta não demorou tanto quanto imaginavam. O oncologista foi direto e gentil.
— A boa notícia — disse, com um sorriso que parecia tão raro naquele ambiente — é que os exames mostram uma