O caminho de volta ao apartamento foi feito em silêncio. James dirigia com os olhos atentos à estrada e o coração descompassado. Liam, ao lado, recostado no banco do passageiro, mantinha o olhar perdido pela janela entreaberta. O vento da noite bagunçava seu cabelo, mas ele não parecia se importar. Estava longe dali, ausente, como se a mente navegasse em mares escuros demais para que alguém o resgatasse.
Ao chegarem, James o ajudou a entrar no apartamento. Liam tropeçava nas próprias pernas, confuso, tonto — e havia algo naquela vulnerabilidade toda que doía em James mais do que ele gostaria de admitir.
Levou o irmão direto para o banheiro e o colocou debaixo do chuveiro, girando o registro até a água jorrar gelada. Liam reclamou, tentou sair, mas James o segurou pelos ombros.
— Fique aí. Você precisa ficar sóbrio.
Ele saiu dali e foi até a cozinha. Preparou um café forte, daqueles que quase ardem na garganta, e deixou pronto sobre o balcão. Minutos depois, Liam apareceu, de