A estrada de volta para Manhattan foi silenciosa.
James dirigia com os olhos fixos na pista molhada, as mãos firmes no volante, enquanto Sophie mantinha o olhar perdido na janela, o cabelo ainda levemente úmido da chuva. A intensidade do que haviam vivido poucas horas antes ainda pairava entre eles, como um perfume invisível que nenhuma palavra conseguiria dissipar.
Quando chegaram ao prédio onde morava a mãe de Sophie, a expectativa era de alívio. Mas não encontraram ninguém. Uma vizinha atenciosa se aproximou, reconhecendo Sophie, e informou, em voz baixa, que a mãe dela estava no hospital desde o fim da tarde.
O impacto foi imediato. Sophie ficou pálida. James não hesitou.
— Eu te levo. — James disse, sem espaço para discussão.
No hospital, o cheiro de desinfetante e o som abafado de passos e vozes criavam uma atmosfera incômoda. Sophie caminhava ao lado dele, tensa, o maxilar travado. Quando enfim localizaram o quarto, a visão da mãe deitada, enfraquecida, ligada a ap