PABLO
— Pode pá. Quando ela aparecer, traz pra mim.
Minha voz saiu tão fria que até Tales recuou meio passo.
O ódio me comia por dentro. Melinda achou que era o quê?
A Mestre dos Magos? Sumiu como se evaporasse do mapa.
— A menina sumiu de uma forma, hein — Tales riu.
— Tales, nem vem com caô pra cima de mim.
Evandro se meteu:
— Hahahaha, a mina te passou a perna! Essa foi boa!
— Vão se fuder — rosnei. — Quando eu achar ela...
Eu tava virado no demônio. A noite inteira fumei maconha num nível que minha mente tava girando, neurótica, cada pensamento mais torto que o outro. Meu celular começou a vibrar sem parar — vibração atrás de vibração.
Peguei do bolso.
— EITA PORRA. — O celular quase caiu da minha mão. Minha boca encheu de água.
A safada, a mandada, me mandando foto dela… daquele jeito.
— Não adianta mostrar essa buceta gostosa pra mim não — falei baixo, puto e excitado ao mesmo tempo.
Mesmo assim, nada dela aparecer. A filha da puta me dando chá de sumiço enquanto eu fresco aqui