Melinda
Eu me arrumei rápido, só um short e um cropped que deixava minha tatuagem à mostra — justo aquela que meu noivo mandou eu fazer. Mexicano orgulhoso, cheio das tradições dele… e eu ali, lembrando que nem devia ter encostado em Pablo. Mas merda, como esquecer a pegada daquele homem? Só de lembrar, arrepiei inteira.
Se meu noivo descobrir… nem imagino. Ele nunca levantou a voz comigo, mas isso? Isso seria imperdoável.
E então Pablo apareceu.
Do jeito bruto, silencioso, perigoso. Ele só agarrou meu braço e me puxou pra fora, sem me dar tempo de respirar.
— Cê tá me machucando — eu reclamei, mas ele nem virou o rosto. Me empurrou pra dentro do carro e bateu a porta.
Ficou dirigindo duro, maxilar trincado. Eu olhando pro lado de fora, engolindo a porra do choro.
Paramos numa casa cheia de gente. Ele me arrastou pra dentro, os caras praticamente me comendo com os olhos, e as mulheres me olhando como se eu fosse um pedaço de carne roubado delas. Até que uma ruiva enorme abriu um sorri