O quarto estava mergulhado em uma penumbra acolhedora, as cortinas semiabertas deixando um rastro da luz do exterior tingindo um filete do chão até a parede ao lado da cama, enquanto a chuva suave tamborilava na janela, compondo uma melodia aconchegante. Tábata repousava a cabeça no tórax de Guilherme, os dedos traçando desenhos invisíveis sobre o peito nu, aproveitando o refúgio do calor de seus corpos enquanto contava como foi seu dia.
— Meu pai parece outro quando está com a Lean — comentou. — Ele sorri. Fazia tanto tempo que não via aquele sorriso...
— A abelhinha tem esse efeito nas pessoas — ele disse deslizando os dedos pelo cabelo dela. — É impossível não se encantar por ela.
Tábata ergueu o olhar, apoiando o queixo em seu peito, os olhos castanhos buscando os dele.
— Estive com a Maya e a Hana depois disso — contou. — A gente conversou bastante, mas elas disseram algo que ficou na minha cabeça.
— E o que foi?
— Viram o Mateus vestido com roupas de grife, carro e relógio c