Caixinha de veludo

A luz da manhã entrava pelas frestas das cortinas, suave e dourada, tingindo o quarto com um brilho calmo. O silêncio era quebrado apenas pelo som distante da cidade despertando e, mais próximo, pelo leve tilintar de porcelanas vindo da cozinha.

Enrico se movia com cuidado, como se não quisesse perturbar a serenidade que pairava no ar. A noite anterior ainda pulsava na memória, viva em cada detalhe: os gestos, os olhares, o calor compartilhado. Havia algo de novo entre eles naquela manhã — não exatamente uma mudança brusca, mas uma espécie de certeza silenciosa, como se tudo tivesse se encaixado durante a madrugada.

Na bandeja, ele arrumou cuidadosamente uma pequena jarra de café fresco, duas xícaras brancas, fatias de frutas, pão levemente aquecido e um pequeno vaso com uma margarida única, colhida do buquê da noite anterior. E, disfarçada sob um guardanapo de linho dobrado com precisão, repousava uma pequena caixinha quadrada de veludo azul-marinho.

Ele respirou fundo antes de equil
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