A luz suave da manhã entrava pelas frestas da cortina, espalhando um brilho dourado pelo quarto. Enrico já estava de pé, a toalha pendurada nos ombros, enquanto ajeitava a gravata em frente ao espelho. Cecília ainda estava na cama, o cabelo bagunçado, a pele quente contra o lençol, observando-o em silêncio.
— Você acorda cedo demais — murmurou ela, a voz rouca de sono.
Ele virou-se, deixando escapar um meio sorriso. — Ou você que acorda tarde demais.
Cecília se espreguiçou preguiçosamente, deixando o lençol escorregar até a altura da cintura. O olhar de Enrico caiu, inevitavelmente, sobre a curva de seu corpo, e ele desviou os olhos com esforço.
— Você está me tentando — ele disse, a voz baixa e carregada de intenção.
Ela ergueu uma sobrancelha. — Só estou deitada aqui.
— É… mas o problema é como você está deitada aí.
Enrico largou a gravata sobre a cômoda e se aproximou, apoiando um joelho na cama. Com uma das mãos, afastou uma mecha do rosto dela, e Cecília sentiu o calor dele se es