A noite caiu antes que a comitiva alcançasse a linha do bosque que separava Thassyr do território desconhecido. O luar, filtrado pelas folhas grossas, tingia o chão de prata e sombra. Selin, silenciosa, mantinha o olhar fixo à frente, como se jå soubesse para onde ia.
Aric seguia logo atrås, atento a cada movimento entre as årvores. O peso da maldição latejava em seus ossos, mas ele não deixava transparecer. Desde a libertação parcial dos selos que o prendiam, sentia-se mais forte, mas também mais próximo de perder o controle. A cada respiração, um sopro quente subia pela garganta, lembrando-o que a fera dentro dele nunca dormia por completo.
Helena, Ă frente, conduzia o grupo com segurança. Seu faro de Alfa captava nuances invisĂveis do vento â notas de medo, de presença e de mudança. AtrĂĄs dela, Darek e Myra mantinham a retaguarda. Nihra, a pequena vidente, caminhava ao lado de Eylin, murmurando frases que ninguĂ©m alĂ©m da Caminhante dos Sonhos conseguia compreender.
â O caminho estĂĄ