Luara
Saímos de lá e voltamos pra casa. A menina veio junto com a gente de moto. O cheiro dela é forte. Parece que não toma banho já tem um tempo. Seus cabelos loiros estão bem ressecados com os cachos cheios de nó. Ela fica calada e eu começo a desconfiar ainda mais dá vadia.
Chegando em casa, eu desço da moto e ajudo ela a descer também. Pegando no seu braço, noto sua magreza. Meu coração dói e sinto meu peito apertado.
— Você quer comer alguma coisa, Maria? A tia faz pra você? _ Ela abaixa a cabeça e eu olho para o Marlon, olhando sério pra ela.
— Você não precisa ficar com medo. Tá bom? Seu pai parece um montro, mas ele é bonzinho… _ Digo tentando amenizar a situação e o idiota bate na minha cabeça.
Marlon — Si liga, pô! Eu vou te mostrar o monstro… _ Diz marrento e eu dou um tapa nele também. Maria nos olha curiosa, ainda retraída.
— Viu como ele é um idiota? Quem consegue ter medo de um vacilão desse? _ Marlon aperta os olhos pra mim me fazendo rir.
Marlon — Eu nã