Eu ainda tinha uma punição por fazer. Derringer tinha convidado meus inimigos para minha casa, para o meu aniversário, o qual eu nunca comemorava. Eu havia lhe dito que suas escolhas teriam consequências. E já passava da hora de provar à minha esposa que eu não tinha tempo para brincadeiras.
Eu tentava compreender a imaturidade de Derringer. Cogitei, por um breve instante, que fosse apenas consequência da pouca idade. Mas descartei a hipótese com o mesmo tédio com que descartava relatórios inúteis. Idade era uma desculpa que só servia para quem nunca teve responsabilidade suficiente para ser temido. Eu, na idade dela, já comandava homens que matavam por ordens minhas, empresas que respiravam conforme meu humor, e um império construído à base de obediência e aço.
Ela, ao contrário, parecia feita de pólvora e desafio. Brincava co