A minha guerra (II)

— Devemos vigiar o senhor Enzo?

— Enzo será o eco do próprio erro. — murmurei. — Como o pai.

Aayush não entendeu. E eu não expliquei. Ele nunca fazia perguntas que não deveria. E era exatamente por isso que ainda estava vivo.

Quando ele saiu, o escritório voltou ao silêncio. E o vazio voltou.

Fechei os olhos por um momento e ouvi o motor distante do carro. O som era como uma melodia, daquela que se escuta por tanto tempo que, por mais que queira, nunca se consegue esquecer. O mundo quebrou naquele dia. E o destino tinha o péssimo hábito de repetir coisas.

E, no meio do silêncio, um pensamento se fixou: Enzo queria tudo o que era meu. E foi por este motivo que se desligou de Amanza depois que eu a descartei. Derringer certamente seria seu próximo alvo. E eu sabia que nem todo alvo era atingido por munição, fogo ou água. Ele iria ma

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