— Entre!
Era Marcelle, trazendo o café da manhã:
— Achei que pudesse estar com fome, senhor.
Raramente eu tinha fome ou vontade de comer alguma coisa. Vivia praticamente à base de café e uísque. Mas talvez comer me tirasse um pouco da inquietude daquele dia.
Fiz sinal com o dedo para que ela deixasse a bandeja na mesa. Marcelle estava se encaminhando para a porta quando falei:
— Emma se encontra?
Ela arqueou uma sobrancelha e a respiração ficou mais rápida:
— Sim, senhor.
— Mande-a vir até aqui, por favor.
Ela deu alguns passos, mas parou quando chegou na porta, com a mão ainda na maçaneta.
— Senhor, Emma não o trairá. A senhora Caliana não conseguirá nada dela, eu juro.
Marcelle era a segunda pessoa que eu mais confiava. Aayush era o primeiro. Ainda assim, se a filha