O sol da manhã ainda se infiltrava pelas janelas do castelo, espalhando raios dourados pelos corredores silenciosos. Eliara caminhava lentamente, absorvendo cada detalhe ao seu redor: o cheiro fresco do jardim que chegava pelos corredores abertos, o tilintar distante de utensílios sendo arrumados, e, principalmente, a sensação de que algo havia mudado — não no castelo, mas em Valkar.
Ela o encontrou no salão principal, já acordado e vestido com simplicidade elegante. A rigidez habitual fora substituída por uma postura mais relaxada, e mesmo assim havia imponência, aquela presença natural que sempre o distinguira. Mas algo mais estava ali: atenção, cuidado, uma disposição de existir naquele espaço sem pressa, sem controlar tudo.
— Bom dia, Eliara — disse ele, a voz firme, porém serena, sem a habitual autoridade cortante. — Pensei em passar algum tempo com você e Maekor antes que o dia se inicie de verdade.
Ela sorriu, sentindo o coração bater de forma diferente. Havia sinceridade em ca