O entardecer banhava o castelo em tons dourados, como se o próprio sol quisesse testemunhar a mudança que se desenrolava ali dentro. Eliara caminhava ao lado de Valkar pelos corredores silenciosos, a cada passo sentindo que aquele homem não era mais o mesmo rei que um dia a fizera tremer de medo. Agora, havia nele uma serenidade nova, uma firmeza que não se impunha com violência, mas com presença.
Chegaram a um pequeno salão, onde a mesa já estava preparada. Ao contrário dos banquetes grandiosos do passado, havia apenas pratos simples: pão fresco, frutas, vinho leve. Valkar puxou a cadeira para Eliara sentar-se, um gesto tão natural que a fez sorrir de leve. Ele se acomodou à sua frente, mas não como rei. Ali, era apenas um homem diante da mulher que desejava conquistar.
— Espero que esteja de acordo — disse ele, os olhos fixos nela. — Não queria nada grandioso hoje, apenas… nós.
Eliara assentiu, surpresa com o calor que aquelas palavras despertaram. — É perfeito.
Durante a refei