O sol da manhã avançava pelo castelo de Durang, iluminando o salão principal com uma luz dourada que parecia aquecer mais do que a pele: aquecia a alma. Eliara caminhava lentamente pelos corredores, sentindo o piso frio sob os pés, ainda meio envolta em pensamentos. A decisão de dar uma chance a Valkar ainda a fazia hesitar; cada passo era uma mistura de medo e esperança, de desconfiança e curiosidade.
Valkar apareceu na ponta do corredor, elegante, mas diferente de sempre — menos rígido, mais atento aos detalhes ao redor. Seus olhos encontraram os dela, e por um instante, tudo ao redor pareceu se aquietar. Ele não disse nada imediatamente; apenas caminhou ao lado dela, permitindo que a presença fosse suficiente.
— Eliara — começou ele, a voz baixa, quase um sussurro que parecia pedir permissão para existir naquele momento —, pensei que poderíamos tomar o café da manhã juntos. Sem pressa, sem distrações. Só nós dois.
Ela olhou para ele, surpresa, mas o coração acelerou de forma inespe