O dia seguinte amanheceu silencioso no castelo de Durang, mas carregado de expectativa. Eliara caminhava pelos corredores com passos firmes, sentindo cada olhar que se voltava para ela. Guardas endireitavam-se ao vê-la passar, damas faziam pequenas reverências e sussurros abafados percorriam os salões. A transformação era evidente: não mais uma serva submissa, mas uma dama da corte com poder reconhecido, uma mulher que os outros observavam com respeito — e, em alguns casos, temor.
Valkar a observava de longe, apoiado na varanda do trono, mantendo o corpo firme, os braços cruzados. Não havia sorrisos fáceis em seu rosto; ainda resistia em ceder emocionalmente, consciente de que a ascensão de Eliara mudara não apenas sua posição, mas também seu próprio coração. Ele ainda lutava contra a necessidade de se aproximar dela, de admiti-la não como concubina ou serva, mas como mulher que conquistara seu respeito e admiração.
No salão principal, enquanto Eliara revisava relatórios e tratava