Os dias que se seguiram foram de pequenas descobertas. A corte já se curvava a Eliara, mas para ela, o mundo real agora se resumia a passos silenciosos e olhares compartilhados com Valkar. Cada encontro entre os dois carregava uma tensão quase palpável, um equilíbrio delicado entre resistência e entrega.
Na biblioteca do castelo, Eliara revisava antigos manuscritos de leis e tradições do reino, quando ouviu os passos de Valkar se aproximando. Não havia pressa, apenas o som firme de botas sobre o piso polido. Ele parou atrás dela, os braços cruzados, o olhar fixo nos detalhes que ela examinava.
— Você lê com tanto cuidado… — disse ele, a voz baixa, quase sussurrada. — Como se cada palavra fosse uma arma ou uma promessa.
Ela ergueu os olhos, encontrando os dele. — Palavras carregam poder. — A resposta foi firme, mas havia uma leveza inesperada. — E você também aprendeu isso, não é? Que mesmo sem gestos grandes, tudo pode ser decisivo?
Valkar sorriu levemente, um sorriso raro e genu