Capítulo 11 – A Confissão do Lobo
A lua cheia tingia de prata as janelas da torre mais alta.

Eliara estava sozinha, sentada no peitoril, observando o céu pesado de nuvens. O silêncio era espesso, como se o próprio castelo contivesse a respiração.

Ela ouvira os passos. O cheiro antes mesmo.

> “Não. Não hoje.”

Mas já era tarde. A porta se abriu com força.

E Valkar entrou, os olhos negros cravados nela.

— Saia. — ela disse, sem se virar. — Não estou de serviço esta noite.

— Não vim atrás da serva.

Ela se levantou, o corpo tenso.

— Então por que veio?

Ele fechou a porta. Encostou as costas nela. Como se precisasse daquela madeira para se manter de pé.

— Eu tentei. — murmurou. — Juro pelos deuses. Tentei esquecê-la.

Ela deu um passo para trás.

— Não quero ouvir.

— Vai ouvir.

— Por quê?

— Porque já estou sangrando por dentro. E o silêncio me destrói mais do que sua raiva.

Ela mordeu o lábio, a respiração começando a se desregular.

— Eu te odeio. — sussurrou.

— E eu te amo. — ele responde
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